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Tempo, tempoTempo-Rei

Editorial - Dulce Tupy

Há momentos na vida em que a gente é atropelada pelos acontecimentos. Tem sido assim, desde que meu marido, o repórter fotografico, Edimilson Soares, passou a usar uma muleta para poder andar. Tudo agora é feito devagarinho, sem pressa e cuidadosamente. Aos poucos, pelos portões de madeira tão pesados de nossa casa, para abrir e fechar, ficando essa tarefa por enquanto sob a minha responsabilidade. Depois vamos fazer algumas alterações.

Mas Edimilson é como o prefeito Jurandir dizia: “a gente enverga, mas não quebra”… Edimilson é como todo nordestino, ou a maioria deles, um forte! Nascido e criado em Teresina, no Piauí, teve uma infância com férias na fazenda do avô, no interior, e com pouco mais de 10 anos foi trabalhar na gráfica de sua avó, na capital, colando bloquinhos ou fazendo furinhos no papel. Saí sua paixão por gráficas em geral, por livros e jornais.

A GENTE ENVERGA
MAS NÃO QUEBRA

Quando viemos morar em Saquarema, há mais de 30 anos, viemos em busca de qualidade de vida, sol e um pouco de descanso. Mas que nada! Aqui a vida nos empurrou para a militância social, que nos levou a criar a Associação de Moradores de Barra Nova, entre outras, e também a FAMOSA (Federação das Associações de Moradores e Amigos de Saquarema). Nossas últimas atividades no Rio, antes de vir para Saquarema, haviam sido partidárias.

Militantes do antigo PDT de Leonel Brizola, ele era coordenador da Movimento Sindical do PDT e eu presidente do Movimento de Mulheres, que realizou o maior encontro de mulheres do PDT na Câmara Municipal de Niterói. Também atuávamos no jornal da Bancada Pedetista no Congresso Nacional, o Fio da História, eu na reportagem e ele na distribuição. Fomos comvidados pelo veterano jornalista Leite Filho, que veio de Brasília para o Rio onde nos conhecemos imediatamente.

PROFESSOR IVAN
CAVALCANTI PROENÇA

Eram os gloriosos tempos do segundo governo Brizola, quando realizamos o Congresso Nacional do Partido e uma exposição sobre o Alberto Pasqualini, nome do Instituto de estudos nacionalitas, onde trabalhamos também com o Nelton Friederich, ex-deputado do Paraná e presidente naquela época do IAP (Instituto Alberto Pasqualini). Eu ainda era diretora do Museu Carmen Miranda, compromisso que assumi com o então secretário estadual de Cultura Professor, Edmundo Moniz, um sábio!

Lá também trabalhava o professor Ivan Cavalcanti Proença, meu colega de juri das escolas de samba no Desfile Especial no Sambódromo, que reencontrei aqui em Saquarema, morador do condomínio Lago do Paraíso, em Bacaxá. Ivan detém a maior biblioteca do município, justamente um município que não tem biblioteca pública há vários anos… A última vez que vi a biblioteca municipal ela estava sendo embalada para ficar nos arquivos da Secretaria Municipal de Educação e Cultura. Foi e não voltou mais para a Casa da Cultura de onde saiu.

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