Realizado no Théatre de la Madelaine, em Genebra, na Suiça, no final de 2024, o concerto “Terre Mére, um cri pour la vie”, foi um evento organizado e produzido por Geise Perrelete, que lançou um grito, um clamor, em defesa da Amazônia a da cultura dos povos indígenas brasileiros. Geise fez a abertura do espetáculo, falando da importância de mostrar a cultura indígena brasileira e latino-americana em Genebra, através da voz de Mariazinha Baré e Dauá Puri, que convidaram a plateia a ajudar os Povos da Floresta e defenderem suas tradições tribais, contra o ambiente degradado pelo desmatamento na Amazônia.
O desmatamento da Floresta Amazônica coloca em risco a saúde da Terra, causando mudanças climáticas que atingem toda humanidade, em qualquer recanto do planeta. O espetáculo trouxe também as apresentações de Zorrok, artista local, e Kassia Garcia, que esquentou o clima com o seu vibrante “Calipso”. O brasileiro Dauá Puri lançou seu CD de etno música indigena Uhtl’ana, com os sons da sua viola de taquara, cantando na lingua Pury e promoveu um ritual saudando o sol, trazendo a reverência dos povos indigenas Pury da região sudeste do Brasil.
O palco esquentou com Veronice Samba Show com lindas passistas, animando um bailado bem brasileiro. A culminância do evento veio com a voz potente de Parintins, direto do Bumbódromo, ecoando pela sala do Théatre de la Madaleine. O canto forte de Edmundo Oran trouxe as toadas do Boi Bumbá Garantido, animando a noite fria de Genebra.
Segundo Dauá Puri, escritor, poeta, músico instrumental e cantador, “o palco ficou lotado com os presentes dançando e pulando, num bailado vibrante que teve: roda de toré, canto do pajé, saudação aos povos indígenas, harmonizados pelos arranjos do Maestro Pelado Jr. consagrado por produções que marcam os festejos dos Bois do Amazonas e que deram um tom de celebração ao espetáculo. Assim, o teatro se encheu de uma alegria esfuziante, com a celebração desta “Noite Brasileira” em Genebra, contagiando o público com felicidade com o canto do povo da terra Brasil Tupinambá”.
