A Casa de Cultura Tupinambá, em Jaconé, é um projeto premiado pelo Minsitério das Cidades e Ministério da Cultura, o Periferia Viva. A primeira escritora indígnena do Brasil, Eliane Potigura, homenageada pela Flis, Feira Literária de Saquarema, realizada no final do ano passado, é também fundadora do Grumin, primeiro grupo de mulheres indígenas, nos anos 80, Eliane vem se destacando não só por sua obra literária, para adultos, jovens e crianças, mas também por suas atividades mobilizadoras da comunidade.
Com disposição e coragem, Eliane reuniu um grupo de professores e artistas, familiares e amigos, para inaugurar a Casa de Cultura Tupinambá, na Avenida do Canal, 266, em Jaconé, próxima à Ponte da Rua 103. A Casa bem situada e com ótimas instalações, inclui uma bela piscina e teve de fato duas inaugurações.
A primeira em janeiro, foi uma pré-inauguração, quando houve uma vivência profunda da força do feminino em união, com a realização do 1º Círculo das Mulheres Sábias e Originárias. Mas a inaguração de fato realizou-se no dia 2 de fevereiro, tendo como objetivo retomar a cultura indígena na periferia de Saquarema, bairro de Jaconé, no Terceiro Distrito, através da vivificação cultural indígena.
O evento foi coordenado pela gestora da Casa de Cultura Tupinambá, Eliane Potiguara, e contou com a presença marcante do cacique Darcy Tupã, da aldeia indígena de Maricá, que fez a abertura do evento com uma saudação em sua língua nativa. Da aldeia também vieram jovens e mulheres trazendo peças do seu artesanato local. Participaram ainda da abertura oficial o cientista social Sérgio Ricardo, coordenador do movimento Baía Viva, o indigenista Toni Lota, da Casa de Cultura Darcy Ribeiro, em Maricá, e Reinaldo Potiguara, fundador da ONG Awauá.
PRESENÇAS NOTÁVEIS
Também deram suas boas vindas à Casa de Cultura Tupinambá, Marize Guarany, da Associação Indígena Maracanã, e o filho de Eliane Potiguara, o poeta e compositor Poti, filho e herdeiro do talento do pai, o músico Taiguara, falecido precocemente. Poti declamou um de seus poemas e foi muito aplaudido. A coordenadoria da casa está constituída por Eliane Potiguara, Val Afonso, Tajira Kilima e Wellington Welber, cada um com suas especialidades.
Estiveram presentes Janaina Maltez e Telma Cavalcanti, da Secretaria de Cultura de Saquarema, o museólogo Carlos Alexandre, diretor do Museu dos Conhecimentos Gerais, que funciona em Jaconé, a professora Edna Calheiros, representante do Cedim (Conselho Estadual dos Direitos das Mulheres) e da AMEAS (Associação das Mulheres Empreendedoras Acontecendo em Saquarema), representantes da vereadora Adriana de Vander, Anick Lorena, da Magia Cigana, a pescadora Zaine e outras lideranças de organizações comunitárias locais.
Na Casa haverá várias atividades abertas ao público como clube de Leitura e oficina da escrita para jovens e crianças, terapias ocupacionais e holisticas, Yoga, capoeira, judô, dança cigana, meditação, dança de salão, grupos de estudos temáticos, grupo de Narcóticos Anônimos, artesanato em geral e outros. Será a oportunidade de “vivenciar e valorizar a riqueza da nossa história”, explica Eliane Potiguara, e acrescenta: “É um marco cultural em Jaconé, Saquarema!”.
Situada nas margens do Canal Salgado, próximo a ponte da Rua 103, “a Casa da Cultura Tupinambá vai oferecer a oportunidade de “fortalecer laços e expandir nossa sabedoria ancestral!” continua Eliane, fornecendo também os endereços eletrônicos para contato: linktr.ee/Casadeculturatupinamba e instagram.com/casadeculturatupinamba.
